
Quem nunca cometeu erros na São Silvestre, principalmente na primeira participação?
Mais de 30 mil atletas se preparam para correr a prova de rua mais famosa do Brasil, a 95ª Corrida Internacional de São Silvestre.
Apesar de todos os percalços enfrentados pelos atletas para participar dessa festa (preço alto, alta temperatura e muita gente), a São Silvestre não deixa de ser o sonho de todo corredor de diferentes regiões do Brasil.
A cada ano, a prova paulistana recebe muitos novatos no percurso, e com eles, alguns erros que podem atrapalhar o grande desejo de completar (e bem) os 15km da São Silvestre.
O treinador de corrida e diretor técnico do Floripa Runners, Fabiano Braun, reuniu abaixo os 6 principais erros cometidos (antes e durante) a prova mais popular do Brasil!
Confira!
6 Erros na São Silvestre: Conheça e Evite-os!

1 – Retirar o kit às vésperas da prova

Apesar dos 4 dias para a retirada do kit da prova, é bem comum e típico do brasileiro deixar TUDO para a última hora.
Evite ir até o Espaço de Convenções do Anhembi no 30 de dezembro, principalmente no período da tarde. Esse é um dos horários mais movimentados na Expo da São Silvestre.
Deixar para os “45 minutos do segundo tempo” é garantia de muita fila, calor, cansaço e estresse.
Dica:
Planejamento! Se organize para pegar o kit nos primeiros dias. Se for de fora de São Paulo e for chegar muito em cima, verifique se alguém não pode retirar o kit para você.
2 – Chegar muito cedo ou muito tarde para a Largada

Você sabe que a Corrida Internacional de São Silvestre é uma das maiores provas do mundo, reunindo mais de 30 mil atletas, né?
É fácil imaginar que chegar muito tarde à Avenida Paulista pode ser um verdadeiro pesadelo para localizar as entradas dos pelotões ou mesmo conseguir se aquecer minimamente antes da largada. Atenção!
Fora a ansiedade e preocupação de perder a chance de correr uma prova incrível! Tudo isso pode afetar o seu desempenho na corrida.
Mas o outro extremo também é ruim. Chegar muito cedo ao local e esperar por muito tempo costuma gerar outros problemas: além do cansaço, você fica sem hidratação e nem consegue espaço naquela multidão para fazer um leve aquecimento.
Dicas:
Busque um horário intermediário e não esqueça de se hidratar durante a espera para a largada. Garanta também um aquecimento antes do início da prova.
3 – Não cuidar da Alimentação e da Hidratação

(Foto: unsplash.com/@steve_j)
Boa alimentação e hidratação para uma prova como a São Silvestre devem começar durante a semana que antecede a prova.
Principalmente a hidratação, já que a São Silvestre acontece em pleno verão, quando a desidratação ocorre principalmente pelas altas temperaturas.
Isso sem contar que a hidratação deve ocorrer principalmente durante os 15 km (se possível a cada 20 minutos), quando o corpo do atleta superaquece muito rápido.
Dessa forma, a água também auxilia na diminuição da temperatura corporal, diminuindo consequentemente os batimentos cardíacos e a possibilidade de fadiga muscular.
Dicas:
Comece a hidratação dias antes da prova. No dia da corrida, comece a beber água já no café da manhã.
Aproveite para dormir bem, principalmente na antevéspera da prova (dia 29), já que a ansiedade “normalmente” pode atrapalhar seu descanso no dia 30.
Não esqueça da hidratação pós-prova. Não vá comprometer o seu Réveillon, hein!
4 – Forçar o ritmo no início da prova (descidas)
Como o início de prova é muito tumultuado, principalmente nos primeiros quilômetros, existe uma tendência do atleta querer ganhar tempo.
Ainda mais que o início do percurso é basicamente de retas e algumas descidas. Ponto de atenção para o KM 2 (na descida da Rua Major Natanael – em direção à Av. Pacaembu).
Nesse trecho, os atletas ainda estão muito agrupados, e precisam se atentar para muitas sinalizações de trânsito no chão como as famosas “tartatugas”.

Dicas:
Tente se acalmar e não se deixe levar pela empolgação inicial, aquela sensação de bem-estar e adrenalina ainda muito presentes no início da prova. Lembre-se que haverá mais 13 km pela frente.
5 – Supervalorizar a subida da Brigadeiro
Apesar de ser bastante complicada, a subida da Av. Brigadeiro Luís Antônio é apenas um dos trechos desafiantes para o atleta da São Silvestre.
Outros trechos da prova também precisam ser destacados como a subida da Avenida Rudge – Viaduto Engenheiro Orlando Murgel – chegando na Av. Rio Branco, na região central.

Por ser praticamente no KM 8, mais da metade da prova, esse trecho – geralmente com muito sol – também costuma ser um grande desafio para os atletas.
Dica:
Estude e avalie todo o percurso e dose o ritmo de acordo com o que foi planejado.
6 – Não fazer um Planejamento
para a Prova

Erro muito comum dos atletas que não contam com ajuda profissional de um treinador.
Ou seja, vão para a São Silvestre sem pensar muito em objetivo, ritmo médio (pace), tempo final ou estratégias durante o percurso.
Dicas:
Planeje a prova em três momentos e estabeleça sua meta – como completar a prova, baixar o seu tempo, etc.
“Convido a todos a ter essa experiência especial de correr a São Silvestre com um bom planejamento, sabendo exatamente como vencer todos os desafios dos 15km com segurança a alegria”.
Boa Prova a todos!!!!

Fabiano Braun
Treinador de Corrida e diretor técnico do Floripa Runners (SC)